FAÇA AMOR, NÃO FAÇA PORNÔ!
Li há algum tempo esta matéria na revista TPM, realmente é digno de um post!
Bora lá...
Pode até ser que muitos homens não concordem comigo, mas é
fato de que a maioria deles tenta “reproduzir” na cama com suas namoradas,
esposas, ficantes, tico-tico no fubá ou o que quer que seja, aquilo que eles
“aprendem” nos filmes pornôs!
Gente... como é desagradável ter que interromper uma transa
pra ter que falar que não, você não vai colocar o pênis dele inteiro na boca ou
que você pura e simplesmente não curte certas coisas... É extremamente
brochante para os dois!
Eu, particularmente não curto filmes pornôs... Não é por
falso moralismo não... É simplesmente por não me sentir confortável ao ver
mulheres se submetendo a caprichos masculinos e fingindo que estão gostando (é
fato que algumas até gostam, mas acredite, é minoria).
Mulher gosta de carinho, de romance, de sedução! Mulher gosta
de homem que tem pegada sim, lóóóóógico! Mas ele precisa saber conquistar,
seduzir e re-seduzir (re-seduzir existe??!!)... Bem, de qualquer forma, é
essencial para uma boa e prazerosa relação íntima que ambos saibam o que gostam
e o que não gostam (sim, porque minha filha, se você não souber o que gosta, o
que não gosta e como gosta, não há homem no mundo que seja capaz de te satisfazer
– e vice-versa).
Toda mulher gosta de ser acariciada, de sentir-se desejada,
linda, querida, segura... O clima de sedução precisa ser criado e os beijos
precisam ser quentes e sempre presentes (não vale selinho tá, isso é beijo de
criança!rs), alguns sussurros no ouvido, aquela barba por fazer roçando pela
nuca, costas... As mãos conhecendo e reconhecendo cada parte do corpo do
outro... Os olhares sendo trocados, valendo por todas as palavras não
pronunciadas... Até os animais selvagens sabem cortejar suas parceiras, (a
dança dos cisnes por exemplo, se não for o mais belo cortejo nupcial que
existem, é um dos 10 mais com certeza) então por Zeus rapazes... Sem essa de só
3 minutos e já está bom! Não somos miojo! A parte da pegada... “A PEGADA” vem depois...
Depois que estamos entregues, depois que estamos desejando até com nossas
últimas moléculas sermos possuídas!
É fato de que em alguns (ou vários) momentos de nossas vidas,
queremos ser pegas de jeito desde o começo... Mas você pode ter certeza de que
se isso procede, é porque de alguma forma um clima de sedução ou desejo já foi
criado (seja na balada, no jantar, nas mensagens ou e-mails trocados ao longo
do dia, no carro a caminho do motel... De alguma forma, já fomos instigadas ao
desejo).
Posso não estar falando por 100% das mulheres, mas com
certeza absoluta, por ao menos 80% delas eu me garanto!rs
Alguns trechos da matéria que merecem detaque:
“(...)Se você também está cansada de se decepcionar com os
filmes de sacanagem e de engolir o que não gosta, pode abraçar uma causa que
começa a ganhar espaço: Make Love Not Porn (faça amor, não faça pornô). Criada
pela inglesa Cindy Gallop, uma das razões que a fez pensar na campanha se
justifica por experiência própria. Aos 51 anos, Cindy começou a perceber nos
homens com quem se relaciona – na faixa dos 20, 30 anos – um padrão sexual
muito semelhante ao exibido nos filmes pornô. “Vi que a escola desses moços
eram filmes e cheguei a uma questão maior do que preferências sexuais”, disse à
reportagem da Tpm. E olha que Cindy não é o tipo de moça certinha. Ela mesma
curte (bastante) filmes de sacanagem; o problema está em transformar esse tipo
de filme em cartilha sexual.
Sem clima
E que mulher já não se viu colocada no papel de uma atriz
pornô sem o clima necessário para isso? “Uma vez fui tomar um café com um
paquera, mas não rolou clima para ficarmos e decidimos ir embora. Entramos no
carro e no tempo de virar para pôr o cinto de segurança ele tinha botado o pau
inteiro para fora e disse, sem constrangimento: ‘Chupa’. Foi agressivo. Me
senti num filme pornô desses sem roteiro”, contou a designer Marcela, 23 anos.
A produtora Camila, 28, conta que acabou vomitando ao ter a cabeça empurrada
pelo parceiro para que o pinto dele entrasse inteiro na boca. “Qual o propósito
disso? Parece que eles querem fazer a gente passar mal e parecer que o pau é
grande”, disse. Com a chef de cozinha Adriana, 34, aconteceu o seguinte: na
primeira vez que saiu com o sujeito, ele insistiu em fazer sexo anal antes
mesmo de rolar um clima para isso. Ela conta: “Tentei desviar o assunto e
aquilo foi ficando chato. Aí, para descontrair, comecei a chupar o pau dele.
Pra quê? Logo ele queria que eu batesse o dito na minha cara e queria gozar na
minha boca. O problema é que não foi natural, era meio impositivo”, lembra.
Exatamente como nos filmes pornô.
Cindy garante que não está travando uma cruzada careta contra
a indústria pornográfica, mas sim batendo na tecla de que é possível dar outro
olhar para esses filmes e aumentar a qualidade do que é feito. “Existem pessoas
brigando por esse espaço, mas, como em toda indústria consolidada, é muito
difícil quebrar paradigmas”, afirma. A diretora sueca Erika Lust é uma das
vozes nesse movimento por uma pornografia mais humana. Radicada em Barcelona,
ela vem fazendo pornografia de qualidade desde 2004, quando lançou o
curta-metragem The Good Girls. “Eu evito mostrar aquele estereótipo da mulher
de cinema pornô: a mulher fácil, que vende seu corpo por dinheiro, a vadia, a
teenager, a tigresa, a enfermeira... e o que mais estamos acostumadas a ver no
cinema pornô tradicional. Também evito fantasias masculinas clichês. O que faço
é aproximar o cinema adulto da minha perspectiva feminina e feminista”, disse,
em entrevista à Tpm. Em seus filmes, a diretora explora o toque da pele e os
sons reais do sexo. “Minha intenção é que a pessoa se imagine ali”, explica.
Com relação ao movimento Make Love Not Porn, Erika brada: “Acho uma grande
iniciativa. Admiro Cindy Gallop e todas as suas ideias inovadoras”.
Um dos objetivos da campanha de Cindy é trazer o assunto à
tona. Até porque nem sempre as mulheres, principalmente as mais jovens,
percebem como a pornografia está inserida na vida delas. Seja no relacionamento
com o namorado, na vida sexual, na maneira como se comportam socialmente, nas
coisas que leem, nos filmes e nos programas a que assistem. “É preciso falar de
sexo, é preciso discutir a pornografia e a necessidade de educação sexual
real”, defende, mais uma vez. Aqui está, Cindy, não apenas o nosso espaço, mas
também o nosso apoio. (...)”
Não viemos com bula, mas abaixo, algumas dicas valiosas de
Cindy:
Comece de cima:
Mundo pornô - Tudo que um cara tem que fazer é enfiar os
dedos na vagina da mulher e, instantaneamente, ela estará molhada e ansiosa
para começar.
Mundo real - É bem mais fácil para um cara ficar excitado
quando uma garota vai direto para o pênis, do que é para uma garota quando o
cara vai direto para a vagina. Beijar, tocar os seios e lambidas em geral
ajudam a deixá-la estimulada. Use como regra: não toque a vagina de uma mulher
até que ela peça por isso (mesmo que seja sem palavras).
Baba, baby, baby baba
Mundo pornô - Saliva por todas as partes, e sempre o máximo
possível.
Mundo real - Algumas mulheres gostam de litros de baba na
vagina. Outras não. Alguns homens gostam de saliva no pinto. Outros não. Se
você não é louca por isso, diga. Se você é, diga também.
A hora do engasgo
Mundo pornô - No sexo oral, as mulheres adoram ter a cabeça
agarrada e o pinto empurrado à força goela abaixo.
Mundo real - Algumas mulheres podem até gostar, mas, baseado
em uma amostra não científica, muitas – muitas mesmo – não gostam. Asfixia,
sufocamento e ânsia de vômito durante o sexo são tremendamente brochantes. É
uma boa ideia checar se ela é a fim disso antes.
Confira a reportagem original em: http://revistatpm.uol.com.br/revista/112/reportagens/faca-amor-nao-faca-porno.html
E sigo deslizando...
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